Em VEJA desta semana: A expressão não pode ter limites
“Era fim de tarde de uma terça-feira, há seis anos, quando o telefone tocou. Uma voz que havia se tornado familiar, do Serviço de Segurança e Inteligência da Dinamarca, disse que dois homens que planejavam me assassinar tinham sido presos em Chicago. O FBI havia frustrado outro ataque planejado ao meu jornal, Jyllands-Posten, que tinha como alvos específicos a mim e o cartunista Kurt Westergaard. Os terroristas eram um americano e um canadense, ambos de origem paquistanesa. Um estava ligado a atrocidades no ano anterior em Mumbai. Ele já havia visitado a Dinamarca duas vezes em missões de planejamento e comprado sua passagem de volta a Copenhague. Um ano depois, Westergaard teve a sorte de escapar de outra ameaça a sua vida. O artista, de 73 anos, estava assistindo a um filme com sua neta pequena quando um somali com um machado invadiu sua casa para matá-lo. Ele se refugiou em um quarto de segurança que se vira obrigado a construir. Durante uma década, nós tivemos de viver à sombra de tais ameaças, depois que encomendei uma dúzia de charges retratando Maomé. Foi essa decisão que provocou uma tempestade ao redor do mundo, com a republicação das charges em vários outros jornais. Apesar das tentativas de assassinato, era muito fácil, à medida que a vida seguia, ser levado a acreditar que a ameaça era abstrata.”
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